quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PRIMEIRA HIDRELÉTRICA



O Sr. Manuel de Azevedo (português), construiu nas proximidades da igrejinha de Fátima, Município de Prados-MG, no rio carandaí de uns 4 a 5 metros de largura, uma barragem para funcionamento da primeira Usina Hidrelétrica na região. Entre 1925 a 1930 mais ou menos começou a funcionar, passando atender Prados,  Dores do Patusca, Carandaí, Tiradentes, Francisco Xavier Chaves e Resende Costa.

Fotos de amigos da "A Antiga Minas Gerais"

Nesse local é onde ficava a Hidrelétrica de Manoel de Azevedo
Com essa energia, Dores do Patusca passou a ter um recurso importante para o progresso, tornando possível o aparecimento de novas indústrias com maquinários e possibilitando uma produção de maior escala. Também, melhorando as condições para o comércio e residências.

Os postes foram fincado  ao meio da rua (veja nas fotos), dava uma  boa luminosidade, possibilitando às famílias, melhor conforto em suas residências e a passeios noturnos, até a chegada da hora costumeira de se deitarem.



Uma boa novidade de entretenimento, o Rádio, que poucos possuíam. Era um atrativo prazeroso se juntarem à casa de amigos que possuíam rádio. Programações ao vivo, pela Rádio  Nacional do Rio de Janeiro. Músicas de Emilinha Borba, Ataulfo Alves, Vicente Celestino, Carlos Gardel, Nelson Gonçalves e também, Novelas, futebol, noticiários Nacionais e Internacionais.


Como já era de costume do povo dorense, dados à boa convivência, gente religiosa e de bons sentimentos,  mantinham entre as famílias estreita relações de amizades, ficando mais evidente com o ajuntamento de pessoas para ouvirem o rádio.


Com tantos lugares para atendimento de energia e com o tempo, a hidrelétrica foi ficando sobrecarregada e oscilando muito. Durante o dia, com as indústria em funcionamento, a queda de energia era acentuada. Precisavam ligar o rádio em aparelho regulador de voltagem, porque, quando as indústria paravam, a energia vinha com mais força, pondo em risco de queimar o aparelho e lâmpadas.

OBS: No dia 25 de Janeiro de 2015, uma confirmação do local da Usina Hidrelétrica de Manoel de Azevedo. Bruno Carvalho é seguidor da página no Facebook de "A Antiga Minas Gerais".
Mais informação, assim que possível.

"Bruno Carvalho Ilacir, essa foto que vc postou é mesmo da antiga usina que vc falou.Apurei com um pessoal que frequentava o parque aquático que havia ali e me disseram mesmo que pra cima um pouco do local, era uma usina hidrelétrica, tb no rio Carandaí!"  

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

CINE POPULAR, PRIMEIRO CINEMA EM DORES

Por volta dos anos 1925 e 1930, o Sr. João Sena (Memeca),  montou o primeiro cinema. A princípio funcionava com energia de um gerador movido a gasolina.
Quando da chegada do primeiro sistema de energia, na década de 1930,  passou a usar energia fornecida pela hidrelétrica Azevedo e que de vez em quando caia  a potência e logo a energia era restabelecida pelo gerador. Os filmes eram exibidos por uma projetora apenas e por razões técnicas - filme que arrebentavam ou por queda de energia - o filme era interrompido por algumas vezes.


Os filmes ainda de cenas mudas, eram acompanhados por orquestra, ao vivo, que entoavam a musica de acordo com as cenas: se romântica, drama, ação ou comédia. Geralmente, a exibição de filmes era feita aos domingos e quando chegava algum filme, que vinha através da Ferrovia Oeste Mineiro, a divulgação era disputada pela garotada, em troca de entrada grátis.

Levavam um cartaz com a foto do filme a ser exibido e fazendo um pouco de alarido, com um sincerro (pequenos sinos, que se usava no peitoral do burro de guia, nas tropas), percorriam por algumas ruas para a divulgação e  para que a população soubessem da programação do cinema.

O Sr. João Sena, com visão de negócios, contratava Terezinha Rodrigues, para vender picolé. Na época, não havendo refrigeradores, os picolés vinham(de São João Del Rei), acondicionados em uma barrica e que ao fundo, eram colocadas barras de gelo e forradas com  serragem,  dessa forma, os picolés mantinham condições normais de serem consumidos.