sábado, 28 de agosto de 2010

DISTRITO DE BARROSO

         

O Distrito de Barroso esteve anexado ao município de Barbacena, Tiradentes e Prados até 1890.
Quando Barroso pertencia a Tiradentes,MG. Foto de Sérgio Gonçalves

Através do Decreto 41 de 15 de abril de 1890, que nesta mesma época o território de Prados havia desmembrado do território de Tiradentes  e pertencendo também  o Distrito de Dores, anexou também o Distrito de Barroso ao território de Prados. Como ficava difícil a comunicação de Barroso com a sede (Prados), conseguiu-se que Barroso voltasse a pertencer a Tiradentes. Após a criação do município de Dores de Campos em 17 de Dezembro de 1938, Barroso optou em 01 de janeiro de 1939, a pertencer ao município de Dores de Campos, recentemente criado e de melhor acesso para a população do Distrito de Barroso.
 
Foto de Luciano Nascimento


Dores de Campos já apresentava um pequeno progresso, depois da criação do município. Os nossos Mascates levaram a conhecimentos, sobre o povo e a cidade de Dores de Campos para outros Estados e outros recantos do Brasil.  Alguns empresários de outros Estados, vieram para montar aqui uma outra atividade, uma grande indústria, a fábrica de cimento. Depois de muitas pesquisas concluíram que no Distrito de Barroso seria a melhor opção, por causa da proximidade da matéria prima. Em 1950 a grande indústria, a fábrica de cimento, instalou-se no Distrito de Barroso, que foi onde acharam mais próxima e abundante  à matéria prima para a fabricação do cimento. Dores de Campos até incentivou, dando isenção de impostos, por 10 anos.
Foto de Geraldo Cosme Pinto

Em pouco tempo já estavam produzindo o cimento. Com a introdução do cimento no mercado dorense, as casa de Adobe ou taipa foram sendo substituídas por construções mais resistentes e de melhor aparência. Também, em algumas ruas foram construídos meio fios e calçadas cimentadas. Praças e jardins foram melhorando, com a colocação de bancos de cimento. Aos poucos Dores de Campos foi tendo  uma melhor arquitetura e aparência.

O Distrito de Barroso já apresentava um rápido progresso. Diante disso, a população barrosense começou a pensar em formar seu próprio município, que depois de várias reuniões em Dores de Campos, foi concedida a emancipação do Município de Barroso, que se deu em 01 de dezembro de 1954.

Quando a Maria Fumaça passava em Barroso






segunda-feira, 23 de agosto de 2010

DORES DE CAMPOS EM DESENVOLVIMENTO NO CENÁRIO MUNDIAL

        O mundo vivia um caos, viviam ainda as consequências da primeira guerra mundial. O mundo ainda estava se refazendo e redesenhando um novo mapa geográfico e político do mundo.

    O Brasil, em 1930, instalou a Nova República, que iniciou o governo do EXMº. Senhor Presidente Getúlio Dorneles Vargas. Em 1939, estoura a segunda guerra mundial. Novamente o mundo revive uma situação aflitiva, causados pelas proporções dos conflitos, provocada pelo eixo formados por três países:     Alemanha, Itália e Japão. Que avançavam em domínio rápido e avassalador. Todo o mundo viviam em uma situação de insegurança total. Os noticiários de rádios e jornais eram preocupantes e de medo terrível que transmitiam às pessoas. Não era para menos, realmente a guerra estava tomando proporções alarmantes. Aonde chegavam os conflitos um caos e destruição: das cidades, corpos espalhados e os sobreviventes, levados para campos de concentração. Sob o comando de Hitler, as forças do eixo só causavam destruições e a todo tempo aumentando a área de invasões.  

    Mas, para o Brasil, teve alguns avanços no progresso. Criou-se a Siderurgia de Volta Redonda, indústria destinada na fabricação de material bélico. Na Amazônia, criou-se o ciclo da borracha. Os Estados Unidos, quando entrou na guerra, em 1942, montou uma base militar, em Natal-RN.

    O governo brasileiro evitou o quanto pode, enviar ajuda humana para a guerra. Mas, muito do que era produzida no Brasil uma grande parte era destinado para os exércitos dos Aliados, que combatiam nos frontes da guerra contra as forças do eixo.

    A parte boa é que trouxe para o Brasil um melhoramento considerável. Avanços na frente de trabalho, na medicina, na tecnologia e até mesmo em gêneros de primeira necessidade. No Brasil havia poucas opções de trabalho. Produzia-se café, açúcar e outros produtos agropecuários. Éramos um país iniciando o seu desenvolvimento e se baseava como principais atividades econômicas à agropecuária, uma economia mais para sobrevivência. Quem tinha um poder aquisitivo para compras no exterior, importavam diversas mercadorias: carros, máquinas, bicicletas, relógios e etc.

    Depois de alguns afundamento de navios brasileiros e por perto das águas marítima brasileira, o Brasil só enviou exército para o fronte de ajuda aos Aliados, em 1944. Felizmente a guerra acabou em 1945, mas não sabiam que iria acabar naquele ano e com a vitória dos Aliados.

    Para Dores de Campos, iniciando sua vida própria em plena crise mundial não foi nada fácil. Nesses tempos, o Sr. Adalberto Lopes Pereira, montou uma grande indústria, cuja atividade principal, a de apetrechos para o exército, tais como: perneiras, baldes de lona e diversos materiais do gênero.

    Fez também, com perseverança e muita insistência, a demarcação e ampliação do território nas divisas com alguns municípios vizinhos. Não fosse essa luta, Dores de Campos seria o menor dos municípios do Estado de Minas Gerais. Mas, a persistência foi bom, porque Dores de Campos ficou com uma área maior e de  127,31 Km²  de extensão.

domingo, 22 de agosto de 2010

EMANCIPAÇÃO DO DISTRITO DE DORES DO PATUSCA / DORES DE CAMPOS

       
     O Distrito de Dores do Patusca já almejava sua independência há alguns anos. Pertencente ao município de Prados, os moradores necessitavam ir em à  sede do município somente para pagamento de impostos ou para visitas a algum parente.

    O Sr. Ildefonso Augusto da Silva, filho de família tradicional e nobre. Como pessoa atuante, foi grande benfeitor da comunidade dorense e inconformado com a atuação de Prados, sede do município e que não ajudava muito o Distrito de Dores, resolveu fundar o partido PRM, a fim de conseguir a emancipação política e administrativa do Distrito. Quando se falou em emancipação, Prados dificultaram ao máximo, Prados não admitia a hipótese de sua separação. Não havia nenhuma possibilidade de progredir, eram negadas todas e quaisquer pretensões. Foi uma luta sem trégua. Enfim, com os esforços de Capitão Ildefonso Augusto da Silva, Deputado Dr. João Luiz de Campos e alguns dorense, foi concedido, pelo decreto nº 148, assinado pelo Governador Benedito Valadares, a emancipação do Distrito de Dores do patusca.

    Como um Patusqueiro nato, não poderia deixar de realizar uma grande comemoração pela conquista tão almejada e o povo saiu às ruas para uma grandiosa festa.


Festa da emancipação do Município de Dores de Campos, em 17/12/1938


     Foi feito um plebiscito, entre algumas pessoas de prestígio, para idealização do nome do Novo Município, que sugeriram os seguintes nomes: Dorislândia, Dores do Campo e Dores de Campos.


1.Dorislândia – Por haver uma tendência de outras cidades com a terminação “lândia”, por Influências dos EUA referentes à Disneylândia;


2.Dores do Campo – Por causa da topografia da região, serem formadas de  colinas ou campos e o lugar situar-se em meio a estas ondulações;


3.Dores de Campos – Dores (em homenagem à Nossa Senhora das Dores, nome da padroeira) e (de Campos) em homenagem ao deputado Dr. João Luiz de Campos, que ajudou na emancipação do Distrito de Dores do Patusca, junto ao governador do Estado.


    Pela decisão do plebiscito, ficou definido e registrado o nome de: DORES DE CAMPOS! Logo após a instalação, veio então, a nomeação do Sr. Ildefonso Augusto da Silva, primeiro prefeito do município e sua posse se deu em 01 de janeiro de 1939. Coube então, ao primeiro Prefeito a difícil tarefa de começar toda a organização do Município recém formado. Uma das mais complicadas foi a de demarcação de território, adaptação e a complexa tarefa de organização do Município. Sem meios legais para arrecadação dos recursos, viajou diversas vezes  à Belo Horizonte, em busca de ajuda financeira para os melhoramentos que se faziam necessários. Trabalhando com afinco, conseguiu realizar  algumas melhorias e inclusive a compra do prédio, sede da Prefeitura.


    Com todas as dificuldades, conseguiu melhoramentos importante para Dores de Campos, mesmo em meio a um grande conflito mundial, a segunda guerra mundial havia estourado e tornando a situação financeira ainda mais apertada e assim, governou até o ano de 1945.