segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

PIONEIROS DA CULTURA


Desde a chegada do Sr. Bernardo Francisco da Silva, que era considerado como homem instruído, de espírito elevado e ativo. Outros que aqui chegaram, possuidores de considerável instrução, procuraram dar elevação cultural aos habitantes do lugar,  impulsionando a mocidade aos estudos em Dores. Quem dispunha de recurso financeira para continuação dos estudos  e melhorar a formação, foram para outras cidades com melhor nível educacional. Com o tempo incentivou o caráter do povo dorense, sempre voltados para a conquista da civilização para o interesse  cultural.


Em 1851, chegou em Dores do Patusca, o Sr. Antônio Roque de Melo, filho de Joaquim Rodrigues de Melo, vindo de Prados. Prático em medicina e musicista constituiu família e permaneceu em Dores por toda sua vida. Por falta de médico, exerceu a atividade médica, para atendimento de emergência da população. Também, atuou como Juiz de Paz, a pedido da população.
Teve como amigo mais próximo, o Senhor Agostinho Silva, que também era musicista e exerceu a atividade de farmacêutico.


Agostinho Silva, neto paterno de Bernardo Francisco da Silva, era filho do Sr. Antônio da Silva Sena. Alguns, rapazes inteligentes e criativos, em barracão provisório, fundaram em 1892, um grêmio dramático de amadores e que passaram a dar três espetáculos por mês. Muito aplaudidos foram ganhando fama e atraíram algumas pessoas das circunvizinhanças para assisti-los. Com bom êxito de bilheteria e com o espírito progressista, decidiram construir o próprio edifício para os espetáculos e contrataram entendidos em cenografia. Chegou-se a apresentar em  cena "O Primo da Califórnia", Opereta de Manoel de Macedo, musicado pelo grande maestro pradense Antônio Américo da Costa. Com sede própria, passaram a realizar espetáculos com mais frequência.



Os pioneiros da arte foram: Randolfo Teixeira de Carvalho, Juvêncio Antônio da Silva, Francisco Lopes Pereira, Antônio Arruda de Souza, Pedro Teixeira da Silva, Antônio Teixeira da Silva Malta e Francisco Arruda de Souza.


Em 1875, o Sr. Agostinho Silva juntou-se com o Sr. Antônio Roque de Melo e fundou a  primeira banda de música local, que se constituía dos seguintes elementos: Agostinho Silva, seus irmãos Francisco da Silva Sena e Antônio Francisco da Silva, seus cunhados Joaquim Justino da Silva e João Francisco da Silva, seus sobrinhos Teófilo Teixeira de Carvalho, Astolfo Teixeira de Carvalho, Lourival Teixeira de Carvalho, Pedro Teixeira da Silva, Beline José da Silva, José Justino Filho e José Carlos da Silva e seus primos Antônio José da Silva e Juvenal Augusto da Silva.


Em pouco tempo, o Sr. Agostinho Silva, fundou a  primeira orquestra, que vieram a participar alguns elementos da banda. Outros, que sem ligação com a banda e que vinham entusiasmando-se, passaram a empolgar numerosos jovens, formando a primeira Corporação Nossa Senhora das Dores.



O Senhor Antônio da Silva Mourão, musicista, vindo de um município vizinho, Lagoa Dourada, que em 1896 veio residir no Distrito de Dores. Abriu aqui aula de música, que em pouco tempo, organizou com seus alunos uma banda de músicas, que floresceu em 1902 e em pouco tempo, também se desfez. Outra tentativa, com êxito animador, deu-se em 1913 com a criação do Corpo Musical Santa Cecília, sob o comando do Senhor Alfredo Silva e depois Pedro Marques de Melo. E, esta banda ficou em atividade por dez anos.



Em 1942, o Sr. Antônio Sena, seu cunhado Antônio Alberico da Silva e sua irmã Angelina Silva e outros, fundaram a Sociedade Musical São Sebastião.


A formação de qualquer evento social, passa por duros momentos financeiros, conseguir dar seguimento e prosperar. Depende de ajuda dos vários setores, do político ao cidadão comum.



As Sociedades Musical dam aulas gratuitamente, a quem se dispuser a aprender a música e precisa de regras, para que o aprendiz não esmoreça e alcance o propósito. A frquência é muito importante, para aprender o sofejo e aperfeiçoar sempre, principalmente na fase de usar algum instrumento musical.



As Bandas de Músicas e Orquestras, com dificuldades e perseverança, sempre mantiveram um papel importante na cultura de Dores de Campos. Sempre levando jovens para o bom caminho da música, conseguiram superar muitas dificuldades, até mesmo para não deixar faltar componentes das sociedades. 
Os ensaios são de grande importância, para o aperfeiçoamento.

Ensaio da Sociedade Musical São Sebastão

Com sede própria, mantem-se um trabalho de recrutamento de pessoas e aprimoramento do repertório. Participam de vários eventos em Dores de Campos como em Semana Santa, Festa da Padroeira, eventos políticos e Festivais de Bandas, em Dores  e em outras cidades.



 

Semana Santa

A participação em Festivais de Bandas, são momentos de orgulho dos componentes das Bandas e para a população. Tem-se a oportunidade de mostrar todo o árduo trabalho de aprimoramento.

V Festival de Bandas em Agosto de 2008


VI Festival de Bandas em Outubro de 2009
                  

Sociedade Musical São Sebastião, 2009


  Lira Nossa Senhora das Dores, 2009