domingo, 20 de dezembro de 2009

COMUNICAÇÃO

O primeiro sistema de comunicação em Dores de Campos, foi o telégrafo, através do Código Morse (utilização de "ponto (.)" e "traço (-)"; serviço prestado pelos correios, o qual foi muito utilizado durante muitos anos. e necessitava de um perito, para interpretar o Código (veja foto abaixo).

Aparelho de Telex


O primeiro sistema de telefonia surgiu entre os anos 1958 e 1960, trazido por Daniel Ferreira da Costa, da cidade de Barroso. Tal aparelho, cujo modelo é aquele pregado à parede, possuia um fone que se trazia ao ouvido e se falava através de um tubo; a ligação era feita através de uma manivela. Este sistema de telecomunicação, foi montado no casarão que existia antes, onde atualmente é a farmácia Santa Terezinha. Porém, foi usado por pouco tempo.

Em 1970, foi instalado, pelo Pe Antônio dos Santos, no Salão Paroquial, o sistema de telefone um pouco mais eficiente, denominado Teledores, em que as ligações eram realizadas por intermédio de telefonista. Assim, as pessoas que possuiam em sua residência um aparelho, precisavam pedir à telefonista,  a ligação requisitada. Tal ligação, quando completada era transferida para pessoa que a havia pedido. Apesar de eficiente, não tinha qualidade (as pessoas falavam gritando). Trabalharam como telefonista: Maria Helena Aliane, Aparecida Lopes, Jover e outras moças(a pesquisar).






No início dos anos 80, foi instalado um outro sistema, pela central de Barbacena-MG, o qual permitia que a ligação fosse feita pela própria pessoa usando apenas três dígitos. No final da década de 80, passou-se a usar sete dígitos e a ligação era feita diretamente ao telefone desejado, facilitando a comunicação.


Padre Antônio dos Santos trouxe para Dores de Campos, aparelhos de repetidores em uma das maiores elevação por perto da cidade, para captar sinais de TV, que na época TV Globo, TV Bandeirantes e TV Manchete.



Nos anos 1990 começaram a aparecer as antenas parabólicas. que aos poucos foram sendo instaladas, em casas de vários pontos de Dores de Campos. Apesar das antenas parabólicas, com recepção direta dos satélites, os aparelhos de repetidores ainda funcionam em outro local, em um espaço no local onde fica os filtros para tratamento da água.


Quando o Brasil lançou seu primeiro satélite, Brasilsat A1 em 1985, https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilsat, foi instalado uma torre que possibilitou a comunicação via Embratel. Recentemente, em 2003, foi instalada uma torre de telefonia móvel (celular), que melhorou a comunicação para qualquer lugar do Brasil e do Mundo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PATRIMONIO HISTORICO


Ao fundo da praça da figueira, ao lado direito, vê-se uma casa comprida, grande e antiga (com formato em L). Esta casa foi o que se chamava, até o século XIX, de "Casa Grande" (veja foto), denominação dada à casa principal da fazenda. Foi  uma das primeiras casas do Distrito de Dores do Patusca no século XVIII, e era dividida em três compartimentos, onde residiam três famílias.

Atualmente, esta casa está muito modificada, pois sua estrutura era de pau-a-pique, assoalhos de tábuas, portas e janelas em madeira nobre e maciça, uma casa realmente de fazenda. Nesta  mesma época, foi construído em sua proximidade um curral, onde foi fincado alguns mourões e um destes, parte de uma figueira, que ainda verde, em pouco tempo começou a brotar. Certamente por estar em um local favorecido por água e solo fertilizado do curral. Com o passar dos tempos, esse mourão, veio a se transformar em uma grande e bonita árvore, que pelo formato de seus galhos, assume a forma de guarda-chuva. E sua dimensão é definida pelo tronco que mede cerca de dois metros de diâmetro e galhos de quatorze metros do seu tronco.

Foto de 1910

Em uma pesquisa foi constatado o que se imaginava há algum tempo. A figueira encantada, possui raízes que têm contatos com lençóis linfáticos, fato constatado na propriedade da família do Sr. Waldir Brandão, vizinha à Figueira, existe uma nascente, ou mina d'água; possibilitando a recepção de água mesmo sem chuvas ou que alguém precise jogar água. A troca de folhagens acontece, geralmente, entre os  meses de junho e julho; e antes da primavera, mais ou menos sessenta dias antes do dia 22 de setembro, começa a brotar as novas folhagens, com notável exuberância, de folhas verdes de tonalidade clara e frutos pequeninos, aveludados e de um gosto adocicado, que atraem pássaros variados.

Foto nos anos 1950

Várias e várias gerações estiveram sob suas sombras, e esta árvore é admirada por todos que têm oportunidade de estar diante dela. Admiram-na, vislumbram-na, pois sabem que uma árvore do seu tamanho e beleza não se encontra em um raio de muitos quilômetros de distância. É um monumento natural que foi tombado pelo município. Recentemente, ela esteve doente com os galhos desalinhados, mas foi podada e tratada a tempo por um agrônomo. Muitos dorense ficaram preocupados com a situação, mas felizmente ela se recuperou e está novamente frondosa e exuberante, continuando a ser o nosso belo patrimônio, há 300 anos de sua existência.

Foto nos anos 1990

Com a instalação de energia, feita pela CEMIG, em 1960, foram  diminuídos os longos galhos da figueira para que não colocassem em risco a vida das pessoas. E, toda vez que cresciam e chegassem próximos à fiação, principalmente dos fios de alta tensão, eram cortados novamente. Até que em 1989, o Sr. Sebastião Ely Goulart, um grande amigo que trabalhava comigo no escritório da firma do Sr. Manoel Nei de Rezende, e havia se tornado presidente da câmara dos vereadores; que a meu pedido, conseguiu conscientizar os demais vereadores e aprovar o projeto que possibilitou afastar a fiação de alta tensão de perto da Figueira para uma outra rua próxima e a trocar os outros fios  para fios encapados; não precisando mais cortar os galhos como antes.

É assim que ela está atualmente