quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PATRIMONIO HISTORICO


Ao fundo da praça da figueira, ao lado direito, vê-se uma casa comprida, grande e antiga (com formato em L). Esta casa foi o que se chamava, até o século XIX, de "Casa Grande" (veja foto), denominação dada à casa principal da fazenda. Foi  uma das primeiras casas do Distrito de Dores do Patusca no século XVIII, e era dividida em três compartimentos, onde residiam três famílias.

Atualmente, esta casa está muito modificada, pois sua estrutura era de pau-a-pique, assoalhos de tábuas, portas e janelas em madeira nobre e maciça, uma casa realmente de fazenda. Nesta  mesma época, foi construído em sua proximidade um curral, onde foi fincado alguns mourões e um destes, parte de uma figueira, que ainda verde, em pouco tempo começou a brotar. Certamente por estar em um local favorecido por água e solo fertilizado do curral. Com o passar dos tempos, esse mourão, veio a se transformar em uma grande e bonita árvore, que pelo formato de seus galhos, assume a forma de guarda-chuva. E sua dimensão é definida pelo tronco que mede cerca de dois metros de diâmetro e galhos de quatorze metros do seu tronco.

Foto de 1910

Em uma pesquisa foi constatado o que se imaginava há algum tempo. A figueira encantada, possui raízes que têm contatos com lençóis linfáticos, fato constatado na propriedade da família do Sr. Waldir Brandão, vizinha à Figueira, existe uma nascente, ou mina d'água; possibilitando a recepção de água mesmo sem chuvas ou que alguém precise jogar água. A troca de folhagens acontece, geralmente, entre os  meses de junho e julho; e antes da primavera, mais ou menos sessenta dias antes do dia 22 de setembro, começa a brotar as novas folhagens, com notável exuberância, de folhas verdes de tonalidade clara e frutos pequeninos, aveludados e de um gosto adocicado, que atraem pássaros variados.

Foto nos anos 1950

Várias e várias gerações estiveram sob suas sombras, e esta árvore é admirada por todos que têm oportunidade de estar diante dela. Admiram-na, vislumbram-na, pois sabem que uma árvore do seu tamanho e beleza não se encontra em um raio de muitos quilômetros de distância. É um monumento natural que foi tombado pelo município. Recentemente, ela esteve doente com os galhos desalinhados, mas foi podada e tratada a tempo por um agrônomo. Muitos dorense ficaram preocupados com a situação, mas felizmente ela se recuperou e está novamente frondosa e exuberante, continuando a ser o nosso belo patrimônio, há 300 anos de sua existência.

Foto nos anos 1990

Com a instalação de energia, feita pela CEMIG, em 1960, foram  diminuídos os longos galhos da figueira para que não colocassem em risco a vida das pessoas. E, toda vez que cresciam e chegassem próximos à fiação, principalmente dos fios de alta tensão, eram cortados novamente. Até que em 1989, o Sr. Sebastião Ely Goulart, um grande amigo que trabalhava comigo no escritório da firma do Sr. Manoel Nei de Rezende, e havia se tornado presidente da câmara dos vereadores; que a meu pedido, conseguiu conscientizar os demais vereadores e aprovar o projeto que possibilitou afastar a fiação de alta tensão de perto da Figueira para uma outra rua próxima e a trocar os outros fios  para fios encapados; não precisando mais cortar os galhos como antes.

É assim que ela está atualmente



5 comentários:

Unknown disse...

Quero dar meus parabens ao meu amigo Ilacir pelo grande trabalho que faz pela nossa querida cidade.
Está muito lindo e feito com muito carinho,isso demostra o grande amor que ele sente por nossa terra.

Unknown disse...

Pai, você está fazendo um ótimo trabalho! Parabéns pelo seu esforço, pois você está dando duro para colocar este blog como está!
Está cada vez melhor e além disso, passando conhecimento para diversas pessoas de vários lugares! Parabéns pai!

Fabio Goulart disse...

Fiquei sensibilizado ao ver estas fotos antigas que forma um cenário para as histórias que me foram contadas pelos meus avós que nasceram em Dores e aí viveram por aí até sua juventude.

Estarei levando as fotos do blog até eles. Parabéns!

Anônimo disse...

Boa boite, Ilacir.
Sou filho de Dorenses e aprendí a gostar desta terra de coração.
Não conhecia seu blog, e gostaria de registrar minha admiração por seu trabalho, resgatando e mantendo viva a história e a memória de Dores. Parabéns!!
Abraço fraterno e desejo de saúde e sucesso.
Robson Roque
Belo Horizonte.
robsonroque14@hotmail.com

Anônimo disse...

Acho que deveria ter uma lei municipal, proibindo de demolir os patrimonios historicos ainda existentes em Dores de Campos, pois, daqui uns dias não haverá nem um...
Alexandre Marques.