A indústria de montaria prosperou e gerou muitos empregos, até mesmo para mulheres, as quais podiam realizar o trabalho em casa. O Sr. Ildefonso Augusto da Silva, nascido em 1879, filho de Juvêncio Antônio da Silva e de Dona Senhorinha Maria de Jesus, descendente uma família tradicional, fundou o respeitável estabelecimento comercial e industrial, o qual chamava “Casa Mineira”, onde eram produzidas diversas mercadorias manufaturadas, tais como: selas, silhões, estribos, barrigueiras e outros acessórios.
Oficina N.S.das Dores, de Joaquim Bernardido da Silva, 1906 Foto autorizada por Cássio Dos Santos Júnior (de Araxá,MG) |
Por outro lado, fazendas e sítios de produção agropecuária espalhavam-se pela zona rural do distrito. E também, numerosas famílias, que lá habitavam, realizavam trabalhos em seus próprios domicílios para suprir as necessidades das indústrias, como por exemplo, rédeas, barrigueiras, cílhas; confeccionados ou de fios de algodão, ou de cabelo animal.
Com a produção em expansão e a variedade de acessórios para montaria, surgiu a oportunidade para expandir o mercado e vender o produto em outras regiões; desenvolveu-se também uma outra atividade, “o mascate”. Os mascates começaram então a organizar tropas de burros, que carregavam as mercadorias em grandes balaios, feitos de bambu, que com ajuda de companheiros (tropeiros), levavam a produção para serem vendidas em arraiais, fazendas, cidades e até em outros Estados.
Os mascates viajavam por meses, acampando em terrenos de fazendas, ou até mesmo dormindo ao relento. Levavam mercadorias para a venda e trocavam-nas ou por dinheiro, ou por outras mercadorias não produzidas no distrito (escambo), tais como tecelagem, confecções de roupas para a família, ou até mesmo matérias-primas para a indústria de montaria. Uma das especialidades de montaria era o silhão, que era um tipo de montaria segura e confortável, destinado às mulheres, que utilizavam montando de lado. Esse tipo de montaria continuou sendo confeccionado por longos ano.
Os mascates viajavam por meses, acampando em terrenos de fazendas, ou até mesmo dormindo ao relento. Levavam mercadorias para a venda e trocavam-nas ou por dinheiro, ou por outras mercadorias não produzidas no distrito (escambo), tais como tecelagem, confecções de roupas para a família, ou até mesmo matérias-primas para a indústria de montaria. Uma das especialidades de montaria era o silhão, que era um tipo de montaria segura e confortável, destinado às mulheres, que utilizavam montando de lado. Esse tipo de montaria continuou sendo confeccionado por longos ano.
SILHÃO |
Dando continuidade à fabricação, nos anos 30 e 40, o Sr. Lindolfo Rodrigues de Melo (meu avô) e o Sr. Levy Rodrigues de Melo (meu pai), foram grandes fabricantes de silhão, selas e outras montarias. Com a evolução dos negócios, implementada pelos mascates, veio a necessidade de agilizar e melhorar o escoamento das mercadorias fabricadas, tanto como a chegada de produtos e matéria-prima demandados.
José Maria Arruda (Diosso), um dos donos de curtume, que fornecia a matéria prima para a fabricação das montarias e acessórios, havia cerca de cinco curtumes para fornecimento de matérias primas ( Sancler, Baiano, Sr. Deca e O Sr. Cardoso).
OBS: Fico devendo o nome de alguns dos proprietários de curtumes, que aos poucos vou conseguindo, como hoje, consegui o nome do Sr. José Maria Arruda. Talvez até encontre pessoas que possa informar os nomes. Ainda conseguirei mais detalhes que possa tornar essa matéria mais informativa.
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